Baixa Estatura

Em todas as consultas com endócrino ou pediatra a estatura do paciente é medida e o seu valor é colocado em um gráfico de crescimento, desse modo o médico consegue avaliar a velocidade de crescimento do paciente com o passar dos anos.

No Brasil é utilizado o gráfico de crescimento para idade recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Essas curvas são divididas em Z escore (3, 2, 1, 0, -1, -2, -3). Definimos Baixa Estatura quando a estatura da criança está abaixo da curva de Z escore -2.

O crescimento de um indivíduo resulta da interação do seu potencial genético, principalmente estatura dos pais, do seu estado de saúde e de diversos fatores ambientais, portanto, antes de dizer que uma criança é baixa devemos ver se ela está crescendo dentro do seu alvo familiar.

A baixa estatura pode acontecer por variantes normais do crescimento como baixa estatura familiar, crianças nascidas pequenas para idade gestacional que não recuperaram o crescimento, baixa estatura idiopática ou pode ser secundária a diversas patologias como: desnutrição, doenças renais, cardíacas, hepáticas, hematológicas, imunológicas, endocrinológicas, principalmente deficiência do hormônio de crescimento Gh, e síndromes genéticas.

Devemos investigar aquelas crianças que apresentam baixa estatura por definição e também aquelas que possuem estatura dentro da faixa de normalidade (acima do Z escore -2) mas que apresentam desaceleração do crescimento ou que estejam crescendo abaixo do alvo familiar.

O médico deve solicitar exames de sangue e urina para afastar as principais doenças causadoras de déficit de crescimento, Rx mão e punho esquerdo para avaliar idade óssea e assim avaliar o prognóstico de altura e o teste de estímulo de Gh para avaliar a produção do hormônio de crescimento.

O tratamento deve ser direcionado a doença que estiver causando a baixa estatura e o hormônio de crescimento deve ser prescrito se for identificado que o paciente possui deficiência desse hormônio.

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